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As crianças que superam os limites considerados saudáveis da circunferência abdominal e do índice de massa corporal correriam maior risco de apresentar síndrome metabólica na idade adulta.
Por outro lado, as crianças abaixo da média desses limites teriam uma grande vantagem ao longo da vida, já que “é possível predizer que não apresentarão síndrome metabólica na vida adulta”, disse Dra. Shumei S. Sun à Reuters Health.
A síndrome metabólica aumenta o risco do aparecimento de doenças cardiovasculares e diabetes.
Segundo a Dra. Sun, da Virginia Commonwealth University, em Richmond, essa síndrome é formada por um conjunto de fatores, tais como obesidade, hipertensão, glicemia elevada, triglicerídeos elevados e baixos níveis de lipoproteínas de alta densidade (HDL).
A equipe afirmou que, segundo as guias de crescimento dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças nos Estados Unidos (CDC), as crianças com uma circunferência abdominal dentro de um valor médio e os adolescentes com um índice de massa corporal (IMC) abaixo dessa média não serão propensos a desenvolver a síndrome metabólica na idade adulta.
Entretanto, uma circunferência e um IMC superior à média sugerem que as crianças correm um risco significativamente elevado de desenvolver síndrome metabólica na vida adulta, escreveram os autores em The Journal of Pediatrics.
A equipe da Dra. Sun, que trabalha na Wright State University, ao realizar o estudo analisou o diâmetro da circunferência abdominal e o IMC de 743 pessoas que haviam sido medidas desde o nascimento e que participavam do Estudo Longitudinal FELS.
Os pesquisadores estabeleceram as idades dos participantes no momento em que eram feitas as medições e os dividiram em adultos com e sem síndrome metabólica. Entre os homens, o começo foi aos seis anos, enquanto que entre as mulheres o início foi aos 13.
Assim que as medições começaram a se diferenciar, as mesmas prosseguiram aumentando separadamente no tempo, informaram os autores.
O risco de desenvolver síndrome metabólica na idade adulta foi entre 1,4-1,9 vezes maior nos homens e entre 0,8-2,8 vezes mais alto nas mulheres com um elevado IMC.
O aumento do risco no caso da circunferência abdominal foi entre 2,5-31,4 vezes para os homens e entre 1,7-2,5 vezes para as mulheres.
“A circunferência abdominal seria um indicador mais confiável”, disse Dra. Sun, dado que proporciona uma estimativa mais próxima da realidade do nível de gordura corporal.
A equipe sugere que os pediatras meçam a circunferência abdominal de seus pacientes como parte do controle anual das crianças para identificar àqueles que necessitem de prevenção.
(fonte: Dra.Joene Hendry-pesquisadora de Nova York)
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