Sérgio Vaisman

 

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Violência e Álcool
Na França a taxa de homicídios é de 2,4 por 100 mil habitantes, no Brasil ela é quase dez vezes maior, atingindo 23,5. Nos EUA, o número é de 6,6. A Colômbia, que vive uma guerra civil permanente, tem taxa de 60 por 100 mil habitantes. Todos os estudiosos da violência afirmam que há uma associação entre homicídios e drogas. Segundo o Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas - entidade Universitária que atua na Universidade Federal de São Paulo), 68,7% da população brasileira usa álcool com alguma regularidade; 11,4% tornaram-se dependentes. Já a cocaína, foi experimentada ou é usada por apenas 2,3% dos brasileiros e menos de 1% desenvolveu dependência. É evidente que o número dos usuários de cocaína ou qualquer outra droga pesada é uma minoria na população brasileira. De acordo com várias pesquisas citadas na 1ª. Conferência Internacional de Álcool e Acidentes, realizada no ano de 2002 em Recife, 39% das pessoas envolvidas em ocorrências policiais beberam em excesso; 20% a 25% dos acidentados no trabalho consumiram álcool; 61% dos acidentes de carro foram provocados pela bebida; 75% das vítimas fatais de acidentes de carro tinham bebido; 40% das faltas ao trabalho são provocadas pelo álcool. Dados do Ministério da Saúde mostram que no Brasil, no triênio 1995-97, o alcoolismo ocupava o quarto lugar no grupo das doenças mais incapacitantes. Em 1996, a cirrose hepática de etiologia alcoólica foi a sétima maior causa de óbito na população acima de 15 anos.
Vale lembrar que são os mais jovens as maiores vítimas desses números catastróficos, os quais mostram que a violência na sociedade brasileira, está mais ligada ao consumo de álcool que é liberado do que o consumo de drogas pesadas.
R.Cunningham e colaboradores, que trabalham no Pronto Socorro do Hospital da Universidade de Michigan, na cidade de Ann Arbor, estudaram esse assunto, em relação à violência doméstica.
Entrevistaram 256 pessoas que foram atendidas nesse Pronto Socorro. A primeira pergunta era se era a primeira vez que sofriam um acidente de agressão doméstico, acidente agudo (AA), ou se no ano que passou tinham já sofrido outros acidentes desse tipo, isto é, acidente crônico (AC). Dos examinados, 14% relataram AA e 53% um AC, sendo que a maioria dos AA, já tinham, em mais que um ano passado tido um AA, portanto eram na realidade um AC. Os autores verificaram que as pessoas que relatam a violência inicial ou já antiga, quando ligada às drogas ilícitas são 3 vezes mais francas do que as pessoas que têm esse comportamento violento ligado ao álcool.



Fonte :: Acad Emerg Med. 2003 Jul;10(7):764-75
 
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