Recente artigo publicado na NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE revela que cerca de 50% dos casos de infarto do miocárdio ocorrem com níveis sanguíneos normais de colesterol. Outros fatores apresentam papéis importantes nos eventos das coronárias e o colesterol só terá a presumida importância se as paredes dos vasos sanguíneos estiverem com lesões.
Os médicos tem "amedrontado" seus pacientes com a possibilidade de virem a ter sérios problemas circulatórios com colesterol elevado e fazem, por isso, com que tomem medicamentos por toda a vida, que visam reduzir acentuadamente os valores sanguíneos dessa substância.É importante dizer que esses "desejáveis" níveis baixos de colesterol levam os pacientes a quadros depressivos, alterações importantes de humor com períodos de agressividade, tendência a suicídio, diminuição da produção de hormonios sexuais, queda energética,diminuição de libido, sem mencionar aceleração do processo de envelhecimento.
Podemos imaginar que, se a Natureza nos deu uma determinada substância,lògicamente existe uma função dependente dela para que o organismo tire algum tipo de proveito. Com o colesterol se dá o mesmo.O próprio mecanismo de memória é dependente do colesterol e, se os níveis se mantiverem muito baixos, prejuízos nesse sentido também se farão notar.Claro está que não estou recomendando a manutenção do colesterol em valores elevados;apenas que não o consideremos o mais poderoso dos vilões.
Se os médicos se preocupassem em alterar estilo de vida dos pacientes (controle de pêso,atividade física,controle de fumo etc.),menos necessidade haveria de se tomar tantos medicamentos por tempo prolongado, trazendo os níveis de colesterol a valores perigosamente baixos.Cabe lembrar que pacientes com níveis de colesterol abaixo de 140 (os médicos acham esse valor "ótimo"),apresentam 40% a mais de possibilidades de desenvolverem câncer de fígado.
Recentes pesquisas na Universidade da Califórnia revelam que pessoas com mais de 75 anos de idade se beneficiam com valores de colesterol acima de 230.Apesar disso, os médicos insistem em prescrever medicamentos para que esses idosos mantenham seus níveis abaixo dos 180, alegando riscos.
Medicina é uma ciência dinâmica e devemos acompanhar a evolução das pesquisas mais recentes, tentando entender melhor a já tão complexa atividade orgânica. |
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