Rever a foto da pessoa amada ativa diferentes áreas cerebrais
Quase todos nós conhecemos a terrível sensação de terminar um relacionamento afetivo. Agora também os cientistas sabem o que é isso.
Helen Fisher, antropóloga da Universidade Rutgers, e vários de seus colegas neurocientistas descobriram interessantes correlações depois do escaneamento cerebral de dez mulheres e cinco homens - todos deprimidos em razão da perda da pessoa amada.
Os pesquisadores colocaram todos esses voluntários de coração partido em um escâner de ressonância magnética funcional e solicitaram a cada um deles que observasse uma foto da pessoa amada e depois uma foto neutra. Descobriram que as mesmas áreas que entram em ação ao surgir um novo amor - por exemplo, nucleus accumbens, estrutura da parte anterior do cérebro que regula a sensação de recompensa - ainda estavam ativas quando o enjeitado olhava para a imagem do parceiro perdido. Mas novas áreas também eram ativadas, inclusive as que regulam pensamentos obsessivo-compulsivos e raiva, ou seja, desencadeavam uma torrente de emoções mistas.
Regiões cerebrais associadas ao stress ficaram intensamente acentuadas. "Ser rejeitado no amor é uma das experiências mais dolorosas que o ser humano pode suportar", diz a antropóloga Helen Fisher. Ela suspeita que essas reações cerebrais se tornem mais moderadas com o passar do tempo, provavelmente por programação biológica, quem sabe para ajudar na autopreservação. Mas tudo pode mudar se a pessoa tiver a sorte de encontrar uma nova cara-metade, e esse processo biológico de encantamento e dor vai se iniciar mais uma vez.
|
|