Minha Opinião
A relação médico-paciente está acabando?
Na minha adolescência resolví que deveria estudar Medicina e me tornar, se fosse possível, um bom médico.Lembro-me bem da frustração que provoquei em meu pai naquela época porque o grande sonho da sua vida era me ver formado em Engenharia. Apesar de desagrada-lo relativamente,resolví escrever meu destino matriculando-me numa faculdade de Medicina.
Passaram-se 55 anos de formado na minha profissão para,além do que pude aprender na ciência médica, pude tambem conhecer um lado sombrio da Medicina que nos acompanha até os dias de hoje e não sei por quanto tempo ainda continuará a existir.
Eu não tenho dúvida alguma que o médico pratica a sua profissão com a intenção maior de ajudar as pessoas na tentativa de amenizar sofrimentos que surgem a cada dia. Existe um treinamento que envolve todo um processo de cuidado desde a análise das queixas dos pacientes até a conclusão que leva à conduta que sempre se baseia na soma do conhecimento com a experiência adquirida. Muitas vezes o sucesso dos tratamentos nos dão imensa satisfação da mesma forma que fracassos nos fazem sentir com a alma dilacerada em certos casos.
Entretanto, nós médicos estamos tambem sendo cúmplices de modelos que cuidam da saúde que às vezes causam mais danos do que benefícios e que são colocados ao contrário das nossas melhores intenções de ajudar. Eu me refiro aos processos de manipulação de dados dos estudos científicos que tem o objetivo de favorecer a indústria farmacêutica na sua voraz intenção de ter ganhos comerciais e que vai ferindo o verdadeiro contrato social chamado “relação médico-paciente”, relação esta baseada exclusivamente na confiança. O paciente confia seu maior patrimônio- a SAUDE- aos médicos e estes, influenciados diuturnamente por indústrias que fabricam remédios, utilizam os medicamentos pensando em favorecimentos que possam vir a agrada-los.
Tem sido frequente ouvir queixas de pacientes com relação ao pouco tempo de atendimento em consultas médicas além do pouco vínculo criado entre o médico e quem o procura, dando a impressão que o caso em si tem pouca importância para o profissional da saúde, fato que antigamente era impossível de se imaginar acontecer.Os antigos "médicos de família" eram dedicados de corpo e alma na nobre causa de ajudar os doentes. O avanço tecnológico e a super-especialização passaram a “desumanizar” a relação médico-paciente.
Vamos refletir sobre isto e tentar valorizar mais o sofrimento das pessoas porque, ao procurarem atendimento médico, não deixa de haver um “pedido de socorro”.
Passaram-se 55 anos de formado na minha profissão para,além do que pude aprender na ciência médica, pude tambem conhecer um lado sombrio da Medicina que nos acompanha até os dias de hoje e não sei por quanto tempo ainda continuará a existir.
Eu não tenho dúvida alguma que o médico pratica a sua profissão com a intenção maior de ajudar as pessoas na tentativa de amenizar sofrimentos que surgem a cada dia. Existe um treinamento que envolve todo um processo de cuidado desde a análise das queixas dos pacientes até a conclusão que leva à conduta que sempre se baseia na soma do conhecimento com a experiência adquirida. Muitas vezes o sucesso dos tratamentos nos dão imensa satisfação da mesma forma que fracassos nos fazem sentir com a alma dilacerada em certos casos.
Entretanto, nós médicos estamos tambem sendo cúmplices de modelos que cuidam da saúde que às vezes causam mais danos do que benefícios e que são colocados ao contrário das nossas melhores intenções de ajudar. Eu me refiro aos processos de manipulação de dados dos estudos científicos que tem o objetivo de favorecer a indústria farmacêutica na sua voraz intenção de ter ganhos comerciais e que vai ferindo o verdadeiro contrato social chamado “relação médico-paciente”, relação esta baseada exclusivamente na confiança. O paciente confia seu maior patrimônio- a SAUDE- aos médicos e estes, influenciados diuturnamente por indústrias que fabricam remédios, utilizam os medicamentos pensando em favorecimentos que possam vir a agrada-los.
Tem sido frequente ouvir queixas de pacientes com relação ao pouco tempo de atendimento em consultas médicas além do pouco vínculo criado entre o médico e quem o procura, dando a impressão que o caso em si tem pouca importância para o profissional da saúde, fato que antigamente era impossível de se imaginar acontecer.Os antigos "médicos de família" eram dedicados de corpo e alma na nobre causa de ajudar os doentes. O avanço tecnológico e a super-especialização passaram a “desumanizar” a relação médico-paciente.
Vamos refletir sobre isto e tentar valorizar mais o sofrimento das pessoas porque, ao procurarem atendimento médico, não deixa de haver um “pedido de socorro”.